sábado, 30 de janeiro de 2016

Pátria Educadora?

Um absurdo.

Como deixar uma escola em boas condições abandonada? E, como esse governo tem coragem de chamar o Brasil de Pátria Educadora?
Não fossem os moradores vizinhos à escola tomarem a atitude de cercarem o local, esta estaria totalmente deteriorada.
Esperamos que providências sejam tomadas para reativar o grupo escolar próximo ao sítio Samambaia, em Santo Isidro...



quinta-feira, 2 de abril de 2015

Lava-Pés

É muito bom voltar a visitar a região de Santo Isidro sem traumas. Agora, os posts neste blog serão mais frequentes. E logo postarei artigos sobre as boas novas que tem acontecido na região, como a construção de novas cisternas em muitas propriedades. 

Sempre houve uma relação muito forte entre o homem do campo e a religião. E não poderia ser diferente com os agricultores da região de Santo Isidro (até pelo nome). Na Quinta-Feira Santa, foi realizada na igrejinha da comunidade, a tradicional Missa do Lava-Pés. Este ritual simboliza o desejo de servir e ajudar o próximo, sem distinção de qualquer tipo. 
É importante que tais princípios sejam difundidos entre as pessoas, e, principalmente entre as crianças e jovens. 






terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Seca

A seca sempre foi um problema para os agricultores na região de Santo Isidro. Porém, em 2014, principalmente no segundo semestre, choveu muito pouco. E nos últimos dois meses, praticamente nada. Um claro exemplo é que o barreiro da foto, que fica numa das propriedades da região, está com menos da metade de sua capacidade, e ainda temos pelo menos mais dois meses de estiagem. Os agricultores mais velhos nos dizem que o clima realmente está mudando. Nos dizem que as plantas, principalmente os pés de jabuticaba, parecem não saber mais quando dar os seus frutos.
Devemos ficar atentos às condições das áreas rurais em relação à quantidade de água e às safras dos diversos gêneros alimentícios, pois isso tem impacto direto na qualidade de vida de quem mora na cidade.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

A força do voluntariado

A Associação de Moradores de Santo Isidro está promovendo um curso de alfabetização para jovens e adultos. Tal curso é ministrado pelo professor Zezinho, e está ajudando os agricultores da região a obter algumas conquistas, tais como a carteira de habilitação. Além disso, saber ler e escrever aumenta a auto-estima dos participantes, além de proporcionar um melhor entendimento do mundo que os cerca. Ao final do curso, certamente os participantes vão se sentir estimulados a continuar os seus estudos e a continuar a sua evolução.
O que chama a atenção é que esta atividade é exercida pelo professor de forma totalmente voluntária. Além disso, Paumira Schuster, dona do Sítio Samambaia, cedeu gentilmente o espaço onde são ministradas as aulas. O curso é organizado também pela ARCOSI, que é a Associação de Moradores de Santo Isidro, que conseguiu as carteiras usadas pelos alunos do curso. E merece destaque também a dedicação dos alunos que, mesmo depois de um dia cansativo na lida, se sentem estimulados à frequentar as aulas, 4 noites por semana.
Voluntariado, empatia, solidariedade e compromisso são qualidades que tem o poder de mudar as vidas das pessoas.

Professor Zezinho e seus alunos de alfabetização

Alunos empenhados em aprender

Ditado

Conquistando uma nova vida

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Chove, mas falta água

Muitos acreditam que a chuva é a solução de todos os problemas do agricultor nordestino. Mas não é bem assim. Eu estava de passagem por Santo Isidro (muitos insistem que o Isidro na verdade é Izidro, e este será o tema de um post mais à frente) e acabei encontrando Vanderlei, filho de Zé Buxinho (que já foi tema de um post neste blogue). Ele me falou que, para o habitante da cidade, parece que está chovendo muito. Mas esta chuva tem sido insuficiente, tanto para molhar a terra quanto para abastecer as cisternas dos agricultores de água potável. Na propriedade em que Vanderlei estava (infelizmente os proprietários não se encontravam no local no momento em que lá estive), existe um poço, do qual os agricultores retiram água para as plantações. Mas esta água é imprestável para o consumo humano. Os proprietários tem que ir à cidade comprar galões de água mineral, para ter o que beber.
Esta é mais uma prova das inúmeras, e, para a maioria das pessoas, desconhecidas dificuldades que causam aflição aos agricultores, não só de Santo Isidro, mas de muitas outras regiões do Nordeste.
Mas, esta comunidade está começando a se mobilizar para buscar a solução de seus problemas junto aos órgãos competentes. Eles criaram a Associação Rural de Moradores do Sítio Santo Isidro. Logo farei um post dedicado à esta entidade. Iniciativas assim mostram que pessoas unidas em torno de uma causa podem mudar para melhor a realidade do local onde vivem.

PS - É com extremo prazer, e superando o trauma da violência, que volto a escrever artigos neste blogue. Foi mais difícil do que eu esperava. Mas a causa é válida, muito válida.

Embora haja água para o plantio e para outros usos, como lavar roupa, falta água para beber.
Poço artesiano da propriedade. Infelizmente, a água não serve para consumo humano.
A aparente exuberância da vegetação esconde o fato de que as chuvas são insuficientes para abastecer de água potável as cisternas.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

A volta

Olá a todos!
Após mais de um mês sem posts, estou voltando!
Foi traumático o que aconteceu. Mas a vida continua e a gente tem que ir vivendo, com fé, e caminhar, sempre em frente.
Obrigado à todos pelas mensagens de carinho, e logo teremos mais posts!

domingo, 9 de março de 2014

Violência

Na sexta-feira de Carnaval, fui vítima de bala perdida, quando estava voltando para a minha casa, com meu filho, depois de visitar meu pai em Santo Isidro. Graças a Deus não aconteceu nada de mais sério comigo e principalmente com meu filho.
Confesso que, ainda não me recuperei totalmente do ocorrido. Ainda estou relutando em voltar às entrevistas e fotos na região. Fiquei com medo, sinceramente. Como andar tranquilamente pelas ruas, com equipamento valioso se não temos segurança? Como não desconfiar de qualquer um à pé, em motos, em carros? Como não desconfiar de pessoas paradas num canto falando ao celular?
Estou ficando paranoico. Essa é a verdade. Como não o ser numa sociedade como a que estamos vivendo? A questão da criminalidade não tem solução fácil. Não é só mais policiamento que vai resolver. E não é um problema que se resolve da noite para o dia. A solução exige uma parceria entre os responsáveis pela educação, saúde, segurança e emprego. Num primeiro momento, você fica com raiva e quer atirar em todo safado, bandido, delinquente. É possível que, se muitos fossem mortos, até teríamos segurança. Mas seria a segurança via temor, via repressão. Você continuaria a não poder confiar em ninguém Não sei se valeria à pena. A verdadeira segurança é aquela em que se pode andar livremente, sem temor algum, e sabendo que você pode confiar minimamente no próximo.
Infelizmente estamos muito longe disso...